terça-feira, 31 de maio de 2011

5.18-Salva brava (Phlomis lychnitis)



Descrição: É uma planta medicinal e aromática, com um gosto forte, oriunda da área mediterrânica. Surge espontaneamente em terrenos soalheiros, secos e pedregosos.
Indicações terapêuticas: Esta planta tem acção anti-séptica, anti-sudorífica e emenagoga. Contém propriedades tonificantes e adstrigentes. Além disso, faz aumentar a secreção biliar, pode ser utilizada no tratamento de afecções ginecológicas, para regular a menstruação, combater as dores menstruais e alguns distúrbios que apareçam na menopausa.
Modo de utilização: infusão, 10 a 20 g de folhas para um litro de água a ferver. Repousa por 10 minutos e toma-se uma chávena 3 vezes ao dia.


Salva brava


5.17-Salgueiro-branco (Salix alba L.)

Descrição: É uma árvore de ramos longos e pendentes, tronco verde acastanhado de ramos flexíveis e mais claros, as flores são dioicas agrupadas e os frutos em “cápsula”.
Indicações terapêuticas: Na medicina a casca do tronco do salgueiro pode ser utilizada para a produção de medicamentos bem conhecidos como por exemplo, a aspirina.Na medicina popular a casca e as folhas podem ser utilizadas em feridas, necessidades tónicas e febrífugas, calmantes e digestivas.
Modo de utilização: nas necessidades tónicas e febrífugas a casca é cozida, faz-se chá e toma-se algumas chávenas ao dia.

Salgueiro-branco


5.16-Sabugueiro (Sambucus nigra L.)

Descrição: O sabugueiro é conhecido desde antiguidade como o guardião da saúde. Nos meios rurais é muito comum encontrar esta árvore, pois desenvolve-se um pouco por toda a parte. Em Espanha, os catalães chamam-lhe “árvore boa”, se formos aos açores a infusão que se faz com a flor seca do sabugueiro é conhecida como “chá do bem fazer”.
Indicações terapêuticas: Em fitoterapia usa-se as flores de sabugueiro para lavagens oculares para tratar conjuntivites. As flores e as folhas têm propriedades diuréticas, sudoríficas, depurativas e anti-inflamatórias. Em infusão actua como antidiarreica, em decocção actua como anti-inflamatória. Em gargarejos serve para tratar inflamações da garganta e das gengivas, faringites, estomatites e amigdalites. Para lavagens as flores de sabugueiro podem ser aplicadas para dermatoses, eczemas, acnes e furúnculos. Os frutos são tonificantes e laxantes. Esta planta é ideal para curar constipações e gripes.
Modo de utilização:
Uso interno: infusão de flores, 3 colheres para 1litro de água a ferver. Deixe descansar 10 minutos. Tomar 1 chávena quente 3 vezes ao dia.
Uso externo: infusão, faz-se uma infusão concentrada para lavagens dos olhos nas conjuntivites, para gargarejos de modo a desinflamar a garganta e a boca e ainda pode ser utilizada para empapar compressas e aplicar na pele.

Sabugueiro


segunda-feira, 30 de maio de 2011

5.15-Rosmaninho (Lavandula stoechas L.)

Descrição: O rosmaninho é uma planta típica da região mediterrânica, no início do verão começam a ser avistadas as suas flores roxas. Com um aroma semelhante ao da alfazema é abundante no nosso país, mas parece estarem a desaparecer rapidamente das tradições portuguesas, principalmente no que diz respeito à culinária rústica e à aplicação paisagística. Antigamente o rosmaninho era ainda utilizado para cobrir o chão durante as procissões.
Indicações terapêuticas: Esta planta possui de excelentes propriedades medicinais, a infusão das folhas é estimulante, indicada nas perturbações de origem nervosa, asma e bronquite, alivia a dor de cabeça, combate a flatulência e outros problemas gástricos.
Modo de utilização: infusão de espigas floridas, frescas ou secas. Toma-se 3 vezes ao dia.   

Rosmaninho


5.14-Poejo (Mentha pulegium L.)

Descrição: O poejo aparece com alguma frequência por sítios húmidos e vales do Ribatejo. É uma planta de folhas verde vivo, pequenas e com um cheiro parecido com hortelã-pimenta, a sua floração é em forma de espiga de cor roxa.
Indicações terapêuticas: Estimula a actividade enzimática do aparelho digestivo (aumenta a secreção do suco gástrico, intestinal e pancreático), facilitando assim a digestão. Aumenta a secreção da bílis. Tem uma acção purificante, sedativa, diurética, degustativa e carminativa em caso de fermentações intestinais, um excelente expectorante e antitússico na tosse convulsa e no catarro.
Quando aplicado sobre picadas de insectos auxilia no aliviar da dor sendo também um bom repelente para traças. Uma camada de poejo colocada sobre a cama dos animais ajuda a afastar as pulgas.
Modo de utilização: infusão, junta-se 2 colheres de poejos para 1 litro de água e ferve, deixa-se repousar por 10 minutos.
Toma-se uma chávena 3 vezes ao dia após as refeições, como tónico digestivo, indicado nas digestões difíceis.
Para acalmar dores menstruais e afecções brônquicas, toma-se 1 chávena bem quente de 2 em 2 horas.
Para expulsar parasitas intestinais tomar uma chávena em jejum durante cinco dias seguidos.
Poejo

5.13-Malvas (Malva silvestris)

Descrição: É uma planta anual de 10 a 40 cm de altura, nativa da Europa e da Ásia Ocidental. Há muitos séculos que as malvas são conhecidas e utilizadas pelas pessoas tanto na culinária como para fins terapêuticos.
Na culinária as folhas das malvas podem ser utilizadas e cozinhadas como espinafres ou couves, em sopas e saladas.
Indicações terapêuticas: O chá de folhas de malvas é agradável e refrescante. Tem propriedades emolientes (suavizante da pele e das mucosas inflamadas), laxantes, regeneradora dos tecidos, antibiótica e antioxidante. Está indicada nos tratamentos de problemas digestivos (úlceras, gastroenterite e azia), nas infecções respiratórias actua como expectorante e antitússico (acalma a tosse), bom para gripes, catarros, asma, bronquites e tosse irritativa ou seca, tem efeito calmante sobre os brônquios (suaviza as vias respiratórias).
Ajuda a curar afecções da boca, garganta (faringites), vaginites, furúnculos, eczemas, acnes e inflamações do ânus e do recto (em forma de lavagens).
Depois de uma longa caminhada, uma infusão de malvas ajuda a compensar os efeitos de desidratação.
Modo de utilização: infusão, de flores ou folhas frescas 4 colheres para 1litro de água a ferver. Deixe repousar 10 minutos. Tome 3 vezes ao dia.
Água das malvas (para lavagens), infusão de 10 folhas para 1litro de água, deixe ferver. Deixe repousar 10 minutos, côa-se e lava-se a pele.


Malvas
 

5.12-Funcho (Anethum foenuculum)

Descrição: O funcho é uma planta vivaz, originária da área mediterrânica, já se cultiva desde a Idade Média, em alguns lugares encontra-se em estado selvagem. É utilizado na culinária para aromatizar certos pratos e na medicina popular como curativa pelas suas propriedades medicinais.
Na culinária é incorporada em sopas, em particular nas destinadas a serem consumidas frias, o uso em molhos e conservantes vegetais também é comum. Um dos pratos típicos dos Açores, “sopa de feijão e inhame” utiliza folhas e caules tenros de funcho.
Indicações terapêuticas: Possui propriedades diuréticas, anti-inflamatórias, indicadas nos distúrbios digestivos e aumenta o leite nas mães
O chá é bom para as cólicas dos bebés.
Modo de utilização:
Uso interno: uso interno, infusão 1 colher de chá de sementes secas para 1 chávena. Tape e deixe repousar 10 minutos. Filtre e tome 1 chávena 3 vezes ao dia depois das refeições.
Uso externo: Sob a forma de gargarejos alivia a garganta e as gengivas inflamadas.

Funcho


5.11-Fumária (Fumaria officinalis)

Descrição: Cresce espontaneamente um pouco por todos os lugares, começa a florar em Fevereiro estendendo-se até Junho. Tem um sabor a fumo, amargo e salgado.
Indicações terapêuticas: A fumária tem propriedades diuréticas, depurativas e anti-inflamatórias. Actua nas afecções hepáticas, antiespasmódica, usa-se ainda nas afecções da pele (eczema) e baixa a hipertensão arterial. Além disso estimula a secreção da bílis e fluidifica o sangue.
Modo de utilização: uso interno, infusão 2 colheres para 1litro de água a ferver. Toma-se 1 chávena antes de cada refeição.
Decocção, 1 colher para 1 litro de água e toma-se 4 a 5 chávenas por dia.

Fumária


5.10-Espargos (Asparagus officinallis L.)

Descrição: Os espargos nascem espontaneamente nesta região, são colhidos na Primavera, quando atinge a volta dos 6 a 8 centímetro. Existe muitas espécies aproximadamente 300, sendo apenas 20 comestíveis. Por vezes, são considerados legumes de luxo, apreciados pelo sabor suculento e textura tenra. Muito utilizados em saladas.
Indicações terapêuticas: em propriedades rejuvenescedoras, tónicas, diuréticas, é muito útil para doentes com retenção de líquidos e obesos.
Atenção, em pessoas que sofram de doença renal (nefrite, glomerulonefrite e outras patologias renais) é desaconselhado comer espargos, pois irritam o tecido renal que estiver doente.
Modo de utilização: para infusão junte 50g de raiz seca para 1litro de água a ferver. Deixa-se em repouso 5 minutos e toma-se 1 chávena 3 vezes ao dia.

Espargos


5.9-Erva-príncipe (Cymbopogon citratus)

Descrição: É uma planta nativa da Índia e de toda a região Asiática, posteriormente foi introduzida na América do Norte, Austrália e Europa. É bastante cultivada em África e no Brasil.
Indicações terapêuticas: Devido aos seus constituintes exercem uma acção bactericida, desinfectante, calmante, diurético, antidepressiva, cardiotonica, antioxidante, repelente de insectos e é usado em cólicas menstruais e intestinais.
Modo de utilização: infusão, toma-se uma chávena ou duas em jejum, e uma depois do almoço e do jantar. Pode tomar-se até 1litro de chá por dia.

Erva-príncipe


sexta-feira, 27 de maio de 2011

5.8-Erva da prata (Paronychia argentea)

Descrição: A erva da prata é uma planta herbácea e vivaz, de flores prateadas. Nasce espontaneamente nesta região. Pode ser colhida na Primavera, fins de Maio e no Verão durante os meses de Junho e Julho.
Indicações terapêuticas: Na fitoterapia esta planta é recomendada para dores abdominais, problemas de estômago e de fígado, indisposições e febre.
Modo de utilização: uso interno, infusão 12 “pezinhos” para 1litro de água a ferver. Tomar 1 chávena 3 vezes ao dia.
Erva da prata

5.7- Dente-de Leão (Taraxacum officinale)

Descrição: O dente-de-leão faz a delícia das crianças quando sopram as suas sementes brincando ao jogo ”O teu pai é careca?”.
Indicações terapêuticas: Esta planta é usada no tratamento de doenças hepáticas, na diabetes, na gota e na artrite. É uma planta adequada para estimular a secreção de todas as glândulas digestivas, facilitando assim a digestão. Aumenta a produção de bílis no fígado e facilita o esvaziamento da vesícula biliar.
Modo de utilização: infusão, coloca-se uma saqueta de raízes ou folhas uma chávena de água a ferver durante 10 minutos e toma-se uma chávena 2 vezes ao dia, uma hora depois do almoço e do jantar.

Dente-de-leão


5.6-Cardo-Santo (Cnicus benedictus)

Descrição: Na Europa Medieval era conhecido por deter as pragas, é proveniente da região mediterrânea, cresce em campos abandonados e hortas, tolerando a maioria dos solos.
Indicações terapêuticas: Tem imensas propriedades, descongestiona o fígado e o pâncreas, desinflama estes órgãos e na insuficiência hepática e pancreática favorece as funções normais. Ajuda nas digestões pesadas e abre o apetite. Estimula a formação dos sucos gástricos, combate a hipoacidez gástrica. É diurético e febrífugo.
O cardo - santo tem uma acção hipoglicemiante importante, podendo ser tomado como tratamento complementar para os doentes diabéticos.
Serve para cicatrizar feridas e actua como anti-séptico, devido as suas propriedades antibióticas, indicado em lavagens e  banhos.
Modo de utilização:
Uso interno: infusão 4colheres para 1litro de água a ferver. Deixa-se repousar 10 minutos. Toma-se 1 chávena 3 vezes ao dia, às principais refeições.
Uso externo: No uso externo é indicada para banhos. Faz-se uma decocção mais concentrada e aplica-se em lavagens.

Cardo-Santo


5.5- Beldroega (Portulaca oleracea L.)

Descrição: É uma planta anual que surge espontaneamente em praticamente todos os tipos de solo.
Indicações terapêuticas: auxilia na regulação dos níveis de colesterol, reduz a hipertensão e combate as cãibras musculares. Alivia as infecções gastrointestinais e infecções das vias urinárias. É purgativa, refrigerante, diurética e antiescorbútica.
Modo de utilização: uso externo, compressas, 3 colheres de planta seca para 100 ml de água. Deixe ferver 5 a 10 minutos em lume brando. Embeba a compressa neste líquido e aplique na região afectada.
No tratamento de verrugas, esfregue repetidamente com as folhas da mesma.
Beldroega

5.4-Amoreira (Morus nigra)

Descrição: É oriunda da África, Ásia e da América do Norte, possui um porte médio de 4 a 5 metros de altura. As suas flores são brancas e os seus frutos são escuros quase pretos.
Indicações terapêuticas: s folhas da amoreira têm efeito laxativo, sedativo, anti-inflamatório (amigdalites), adstringente para as infecções bucais, antioxidante e hipoglicêmico.
Modo de utilização: infusão, 2 colheres de sopa de folhas para 1 litro de água. Deixe ferver e repousar por 10 minutos, depois coe. Beba 3 a 5 chávenas por dia.

Amoreira


5.3- Alfazema (Lavandula multifida L.)

Alfazema
Descrição: É uma planta arbustiva e aromática, as suas flores são azuladas, não excede os 60cm de altura.
Indicações terapêuticas: Na medicina popular tem aplicações como calmante suave de enxaquecas e esgotamentos, antiespamódico, digestivo, e em banhos contra as dores reumáticas.
Modo de utilização: para infusão (uso interno) 3 colheres de flores secas para um litro de água, bebe-se quente, 3 vezes ao dia, pode juntar-se mel. Para uso externo, aplica-se compressas do chá forte nos locais doloridos.

5.2-Alfavaca da cobra (Parietaria diffusa)

Descrição: Trata-se de uma planta também conhecida por “Parietária”, o seu comprimento não costuma exceder os 30cm e encontra-se esporadicamente. Tem um sabor ligeiramente salgado.
Indicações terapêuticas: A sua aplicação na forma de chá é utilizada em hipertensão, doenças do fígado e do aparelho urinário (faz aumentar a urina ao mesmo tempo que desinflama). Ainda se utiliza em digestões pesadas, na flatulência, hepatite, na febre e na tosse.
Modo de utilização:
Uso interno: Infusão: 5 a 6 colheres de planta seca ou fresca para 1 litro de água. Tomar após as principais refeições.
Uso externo: No uso externo é indicada para queimaduras, inchaços, feridas, gretas dos lábios, da pele e do mamilo e fissuras anais. Banhos quentes ou aplicação de pensos também quentes.

Alfavaca da cobra


5.1-Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)

Descrição: É uma planta que “cresce no campo sem ser semeada”, muito usada também nos jardins e que todos conhecem bem. É uma planta arbustiva de base lenhificada, atinge entre 50 a 150 cm de altura.
Indicações terapêuticas: Esta planta está indicada no tratamento de depressões, nas dores de cabeça, nas doenças respiratórias, na anemia, falta de apetite, febres intermitentes, febre tifóide, tosse, nas digestões difíceis, dores menstruais, como calmante e cicatrizante de feridas, além de estimular a memória.
Modo de utilização:
Uso interno: a infusão é utilizada para a congestão nasal, na indigestão, na falta de apetite, na asma, nas bronquites, na tosse, na anemia, na febre tifóide, febres intermitentes e em cólicas menstruais. A infusão toma-se morna depois das refeições.
Uso externo: cozem-se as folhas de alecrim, cerca de 6 colheres para 1 litro de água e utiliza-se em banhos ou em compressas quentes.
Na culinária: serve como aromatizante e é muito apreciado na preparação de aves, carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Ainda pode ser utilizado em sopas e molhos.
É necessária uma especial atenção pois estes tratamentos não devem ser administrados durante a gravidez.

Alecrim


5-Potencialidades das espécies de flora


 Neste capítulo seram abordadas todas as potencialidades das plantas anteriormente referidas. Vamos saber onde são utilizadas. Culinária? Chás? Objectos de uso doméstico? Outros? Como utilizar e tirar o máximo de proveito das mesmas. E quais o efeitos. Esta parte do trabalho pode dizerse que de certa maneira é uma das mais importantes, pois aborda de uma maneira muito directa e sintetizada o que de melhor existe na freguesia.

4-Espécies a abordar

Com a elaboração dos inquéritos é perceptível o conhecimento das pessoas face às plantas que existem no seu habitat.
As espécies escolhidas para explorar ao longo do estudo vão basear-se em dois critérios: as que as pessoas conhecem melhor e aquelas que são menos conhecidas. Baseia-se nestes dois grupos, para que as plantas mais conhecidas continuem a ser utilizadas, e as menos conhecidas passem a ter maior utilização.
No grupo de espécies mais conhecidas serão abordadas o alecrim (Rosmarinus officinalis L.), a alfavaca da cobra (Parietaria diffusa), a alfazema (Lavandula multifida L.), a erva da prata (Paronychia argentea), as malvas (Malva silvestris), o poejo (Mentha pulegium L.), o rosmaninho (Lavandula stoechas L.), o sabugueiro (Sambucus nigra L.), o salgueiro-branco (Salix alba L.) e a tília (Tilia cordata).
Quanto as espécies menos conhecidas entre a população serão referidas a amoreira (Morus nigra), a beldroega (Portulaca oleracea L.), o cardo-santo (Cnicus benedictus), o dente-de-leão (Taraxacum officinale), a erva-príncipe (Cymbopogon citratus), os espargos (Asparagus officinallis L.), a fumária (Fumaria officinalis), o funcho (Anethum foenuculum), a salva brava (Phlomis lychnitis) e o tomilho (Thymus vulgaris).

Algunas das espécies existentes na área de estudo


quinta-feira, 26 de maio de 2011

3.7-Opinião das pessoas acerca do investimento na exploração da flora

3.6-Divulgação Vs aumento da procura

3.5-Acha que as potencialidades da flora da nossa freguesia são divulgadas

3.4-Opinião das pessoas acerca da utilização da flora actualmente

3.3-Usos que dão as espécies de flora

3.2-Costuma utilizar algumas espécies da nossa flora no seu dia-a-dia

3.1-Conhecimento acerca das espécies existentes na freguesia

3-Inquéritos à população

A amostra populacional foi seleccionada com base nos conhecimentos das pessoas, partiu-se do princípio de que as pessoas mais idosas seriam as que teriam uma participação mais activa e um maior conhecimento sobre o tema e as questões apresentadas, no total foram realizados 100 inquéritos.

Faixa etária dos inquiridos


quarta-feira, 25 de maio de 2011

2.6-Caracterização da área de estudo

A área de realização do estudo situa-se no município da Chamusca, mais propriamente na freguesia da Carregueira localizada na margem esquerda do Rio Tejo. O estudo abrange a área desde a margem esquerda do Rio até à Estrada Nacional 118 que atravessa a freguesia. Área riquíssima em biodiversidade, com uma flora bastante diversificada e de grandes potencialidades.
 
Localização da área de estudo


2.5 Rio Tejo e sua importância

Nascente: Serra de Albarracin, Espanha
Foz: Lisboa
Extensão: Cerca de 1040 km, dos quais 275km em Portugal
Localidades por onde passa (principais): Vila Velha de Ródão, Abrantes, Santarém, Vila Franca de Xira
Principais afluentes: Erges, Ponsul, Ocreza, Zêzere, Sever e Sorraia
Barragens: Castelo do Bode (Zêzere), Fratel, Belver
Área da bacia hidrográfica: 80 149 km2, dos quais 55 769 km2 em Portugal
Navegabilidade: 50km (valada)

Importâcia

O Rio Tejo possuía enorme importância, antes das vias rodoviárias e ferroviárias eram as vias fluviais que rasgavam o solo do nosso país, especialmente os navegáveis como o Tejo.
Para a cidade de Santarém através da sua vasta extensão e fácil navegabilidade assumiu um papel fundamental na fundação e desenvolvimento da cidade. Em especial no século XVI, Lisboa tornou-se capital do Reino e aumentou o seu poder económico. As comunidades ribeirinhas de Santarém não mais deixaram de crescer em comunhão com o Tejo e os seus vastos recursos.
Os monarcas nas suas viagens régias elegiam o barco como meio de transporte privilegiado e o Rio Tejo como via principal. Santarém era até ao século XVI um dos destinos privilegiados das deslocações da Corte, o que vem realçar o papel político desta via fluvial.
Em termos económicos é importante pois este detêm uma grande riqueza hídrica que tem aproveitamento em diversas áreas, como: a produção de energia, o uso doméstico, a agro-pecuária, a indústria, o turismo e a pesca.
Actualmente é muito explorado principalmente em actividades ligadas ao turismo, com passeios de barco de modo a proporcionar ao turista a observação de espécies tanto da fauna, como da flora ou da fauna piscícola, ou em actividades como a canoagem.
Rio Tejo, no troço que atravessa a freguesia da Carregueira